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    Capítulo 1: Despertar

    Hagatsune
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    Mensagem  Hagatsune

    #original

    Era um dia normal na cidade de Tóquio, o dia estava caloroso como um comum verão, sem qualquer nuvem no céu, um clima ótimo para qualquer tarefa, embora um tanto calorento. Era cedo ainda, por volta das 7 horas da manhã, e dentro de um pequeno apartamento, num prédio não tão novo, uma garota dormia tranquilamente em seu quarto escuro. Logo um som insistente começou a soar, fino e chato, até que uma mão se dirigiu ao mesmo, tateando a mesa de forma desorientada até achar o aparelho e procurar pelo botão que o desligava. Assim que o aparelho parou de tocar, alguns murmúrios eram audíveis e incompreensíveis, tamanho o sono da garota que se remexia na cama. Contudo, quando ela de fato olhou para os números vermelhos acesos do relógio, deu um pulo da cama, sentando-se rapidamente e olhando para eles com maior atenção. Sua visão ainda estava embaçada de sono e tentava focar e entender aqueles números, e quando focou, voltou a pular da cama, correndo de forma desengonçada pelo quarto até seu guarda-roupas e procurando por seu uniforme, mesmo sem enxerga-lo.

    -Estou atrasada... Estou atrasada... Estou atrasada... –Repetia isso diversas vezes enquanto procurava por sua roupa.

    Quando finalmente pensou em acender a luz, a garota era muito bela, com cabelos medianos castanhos, pele clara, olhos puxados negros, sobrancelha fina, estatura média, seios medianos, cintura fina, quadril bem formado, pernas sensuais, e estava com um cabide de roupas nas mãos que era de fato o que precisava. Colocou em cima da cama e começou a retirar suas roupas rapidamente, quase tropeçando ao retirar o short, porém o chutando e livrando o pé. Entrou no banheiro sem nem se preocupar em fechar a porta e terminou de se despir, prendeu o cabelo num rápido coque e abriu o chuveiro, colocando a mão para ver a temperatura da água, e entrando em seguida. Tomou um rápido banho, saiu do banheiro com a toalha enrolada no corpo e foi novamente até o guarda-roupa, abriu a primeira gaveta e pegou uma calcinha e um sutiã, ambos da cor negra. Vestiu-os e depois sua roupa, um uniforme da Sanada Tec., com o emblema da mesma em boton no peito esquerdo, um círculo com a sigla STc. dentro em vermelho. Foi até uma escrivaninha na parede ao lado do banheiro, nela tinha um computador simples, alguns livros de estudo e um espelho, abriu uma gaveta e pegou uma escova, terminando assim de arrumar seu cabelo. Nesse meio tempo já haviam passado 15 minutos e com isso seu desespero aumentou e saiu correndo para a cozinha, passando por um pequeno corredor antes quase trombando com a parede. Preparou um sanduíche rápido e o pôs na boca, pegando sua bolsa com seus documentos e correu para sair de casa.

    No corredor, o mesmo não tinha janelas e somente duas luzes se acenderam quando seu sensor de movimento ativou. Era uma luz alaranjada e não muito boa, mas não impedia de se enxergar. O elevador estava no último andar, sétimo para ser mais exata, e não teria como esperar.

    -Só para ajudar... Droga... –Pragou enquanto olhava para o número que não se movia embora tivesse apertado inúmeras vezes.

    Olhou para o lado e viu a porta da escadaria, lhe dando a iniciativa de correr escada abaixo. Para sua sorte, morava no terceiro andar, e por isso não seria cansativo descer. A escadaria era menos iluminada do que o corredor, mas não a impediu de continuar, com um pouco de cuidado, mas ainda assim, rapidamente. Quando finalmente chegou no térreo, o elevador estava lá com as portas abertas e a garota parou ali para descansar, recuperar o fôlego, com as mãos apoiadas nos joelhos.

    -Não acredito nisso... –Murmurava enquanto olhava para o elevador de portas abertas como se zombasse dela. –Não tenho tempo para isso. –Se levantou e saiu do prédio um tanto apressada, correndo na direção de um taxi que passava ali na hora. –Táxi!!!! –Gritou enquanto acenava e corria.

    O táxi parou estacionando um pouco mais a frente, e assim que ela chegou, entrou no carro, relaxando assim que sentou no banco e respirou profundamente algumas vezes.

    -Está tudo bem moça? –Perguntou o motorista a olhando pelo retrovisor.
    -Sim, só... Recuperando o fôlego... –Respondeu respirando, e assim que conseguiu, olhou para ele. –Vou para Sanada Tec. –Informou seu destino e o táxi deu a partida, fazendo a garota se aliviar por finalmente estar no caminho.

    Ambos estavam silenciosos durante o trajeto, e a garota ficou o tempo inteiro observando a paisagem, as pessoas andando na rua. Algumas apressadas, outras nem tanto, algumas conversando, outras rindo, falando no celular. Demorou cerca de quinze minutos até chegar no grandioso prédio feito de vidraças chamado Sanada Tec. Era uma construção que demonstrava poder e superioridade, além de belo. O taxi parou na porta e o motorista rapidamente parou o taxímetro, se virando para a moça.

    -Deu 364,30 Ienes. –Cobrou.
    -Ok. –Pegou sua bolsa, a carteira e retirou de lá as notas que precisava para pagar o taxista. –Muito obrigada. –Agradeceu saindo do taxi.

    Finalmente estava na frente da grande empresa, onde qualquer um gostaria de trabalhar na vida. Era conhecida mundialmente como a melhor empresa de estudos relacionados à Terra. Haviam profissionais de todos os ramos necessários e os melhores deles. Nem sabia como havia passado na prova, mas estava muito feliz de estar ali. Adentrou passando pelas duas portas abertas, entrando no grande salão principal, onde no centro havia um balcão de atendentes, porém vazio. O piso era feito de mármore preto, tão bem limpo que refletia seu reflexo e de tudo que tinha ali. Mais ao fundo quatro elevadores dos mais avançados.

    Olhava ao redor praticamente se virando em várias voltas de 360 graus, olhando tudo com toda atenção e admiração que pudesse ter. As grandes luminárias eram como se fossem o teto, não parecia ter lâmpadas, mas iluminavam bem e o ar condicionado fazia todo o calor de fora ficar fora.

    Acordando do transe, pegou seu crachá na bolsa e o colocou preso na roupa. Nele tinha sua foto, seu nome e seu cargo –Sasaki Nanao, Auxiliar Químico. Começou a andar pela recepção à procura de alguém, mas acabou não achando se quer faxineiros.

    -E agora...? –Se perguntava enquanto andava até o elevador sem saber ao certo se subia a procura de alguém ou se esperava ali mesmo. –Subo... Ou espero?

    Sua mão foi em direção a porta do elevador a abrindo como um instinto, e acabou por entrar. Não faria mal se procurasse por alguém que pudesse lhe dizer onde ficava sua sala. Quando olhou para o painel do elevador viu muitos andares, de 1 a 20 e de a “a até d” e ficou mais indecisa ainda. Não sabia o que apertar, fechou os olhos e apertou qualquer dos botões. As portas do elevador se fecharam e começou a descer. Ele descia, descia e cada vez mais descia... Parecia que não pararia de descer nunca, quando parou num baque e abriu a porta.

    Nanao olhou para fora ficando um tanto receosa. Ela estava num corredor comprido e mal iluminado. Algumas luzes estavam queimadas e outras piscavam tornando o lugar mais assustador. Além disso, as paredes eram de metal, como se quisessem isolar algo. Voltou para dentro do elevador e apertou outro botão, porém nada ocorreu. Era como se ele estivesse desligado, ou fizessem de propósito. Mas quem faria algo como aquilo? Balançou a cabeça afastando aquela ideia de ter um perseguidor e saiu do elevador, fechando sua porta e vendo o mesmo ir embora, funcionando.

    -Mas o que?! –Bateu na porta algumas vezes irritada com o acontecimento. –Foi só coincidência... –Disse para si mesma para que não ficasse com mais medo ainda.

    Olhou para trás, para o corredor, e engoliu seco. Fechou e abriu suas mãos algumas vezes, esfregando-as, e limpando o suor na roupa. Com pequenos passos, indecisos e medrosos, começou a andar para o único caminho que lhe estava disponível, chegando em algumas portas de aço grosso, mas passando pelas mesmas sem ter como abri-las. Conforme adentrava mais e mais além daquele corredor, ela encontrou alguns corredores paralelos que cruzavam com o que estava seguindo, mas preferiu não sair da reta para não se perder. Não sabia quanto tempo estava andando em linha reta, seus pés doíam e suas pernas já estavam bambas quando finalmente encontrou a última porta. Agora seria entrar ali ou voltar tudo de volta, visto que não encontrara com ninguém no meio do caminho e aquilo era muito estranho. Não sabia a razão pela qual continuou andando e andou tudo aquilo até chegar na frente daquela porta, porém, seus pensamentos sobre o porquê de estar ali foram interrompidos quando um laser vermelho passou por todo seu corpo como um scanner a assustando.

    -Entrada permitida. –Falou uma voz feminina computadorizada e a grossa porta se abriu com num passe de mágica.
    -Mas heim? –Ficou estática pasma olhando para a porta aberta e ao redor tentando entender como sua entrada fora permitida.

    Nanao olhou para dentro com receio, estava tudo muito escuro, parecia que ninguém havia iniciado a sala, mas curiosa, adentrou ali, andando com cuidado pelo caminho estreito entre mesas de estudo e computadorizadas. Assim que chegou na metade da sala, as luzes se acenderam repentinamente a fazendo se abaixar e colocar as mãos para cima.

    -E-eu não toquei em nada! Não vi nada eu juro!! –Falou sem ao menos saber se havia de fato alguém lá e como não houve respostas, olhou. Não havia ninguém ali, provavelmente as luzes eram acionadas por sensores de movimento, e riu sem graça, arrumando sua roupa.

    Agora enxergando a sala, as paredes tinham canos bem largos e cabos de força grossos. Talvez para nunca faltar energia ali... O que tinha ali para precisar de tanta proteção e cuidados? Continuou andando pelas mesas até que viu alguns papéis em cima de uma, ao lado de um computador. Ao ler percebeu que parecia um relatório sobre fraquezas de algo... - Prata... Sol... Não come comida... parece ter anemia. Na outra página tinha mais detalhes – Super força, velocidade sobre humana, se alimenta de sangue (especialmente humano), enxerga no escuro, consegue ver as veias de sua presa... – Deixou os papéis de volta no lugar um tanto surpresa com o que tinha lido, achando estranho demais e percebeu que havia uma parte da sala que não estava iluminada. Se aproximou lentamente dali e assim que chegou bem próxima, percebeu dois pontos vermelhos em meio a escuridão. Parecia ser dois olhos a observando, mas aquilo era impossível. Devia ser coisa de sua imaginação, mas seu corpo parecia esfriar e suar, além de sua respiração ficar mais rápida e forte, como se estivesse com medo de algo.

    -T-tem alguém aí? –Sua voz saiu alta, porém era evidente o medo que fazia tremê-la.

    Uma luz azul iluminou aquela parte escura, saindo de algumas lâmpadas no chão e agora podia ver o que tinha ali. Era um tipo de aquário, com um líquido grosso ali dentro e vários grossos fios de cobre, algo semelhante aos cabos de suspensão de elevador, prendia alguém ali dentro. Seu corpo estava completamente amarrado com cintas de prata e em seu rosto uma máscara prendia especialmente sua boca. Sua pele parecia enrugada, talvez pela água ou não, mas... Como ele respirava? Bateu um desespero em ajudar, mas na mesma velocidade que se aproximou, parou ao reparar naquele olhar. Era de fato olhos aquelas luzes vermelhas que viu, e olhavam para ela como se fosse um pedaço de bife bem suculento. Ele não parecia conseguir se mover, então poderia se aproximar sem medo, e foi o que fez. Será que era algo tirado dos livros de mitologia que lia? Existia mesmo algo assim?

    -O que é você? –Perguntou bem próxima do vidro temperado que os separava. Ele tinha total atenção sobre ela.

    Aquilo era triste de mais de se ver, começou a sentir um estranho aperto no coração ao vê-lo preso daquela forma e uma estranha vontade de libertá-lo daquele estado deprimente. Ele estava magro, dava para ver seus ossos todos do corpo como se fosse um esqueleto com pele. Tocou com uma mão no vidro e ele olhou rapidamente para seu movimento, mas o que mais a assustou foram as bolhas que começaram a subir naquele líquido, muitas bolhas. Quando finalmente reparou no que acontecia, foi quando a mão dele foi diretamente onde a sua estava, e no susto, caiu de bunda no chão. Dali debaixo ela pode ver que aquele líquido estava sendo drenado rapidamente, e ele estava com a cabeça totalmente fora dele a olhando.

    -Ai meu deus, ai meu deus... O que eu fiz?! –Desesperou-se rastejando pelo chão, de frente para ele até ficar de costas para uma mesa.

    Assim que o líquido foi totalmente drenado, ele se soltou das cordas de cobre que o prendia ali e começou a bater com força no vidro, fazendo um barulho oco alto e que fazia o coração da garota parar a cada batida que ele dava, rezando para que ele não se soltasse. Quando ouviu algo se quebrando e estilhaçando pelo chão, Nanao saiu de onde estava e correu para a porta de saída, porém para seu azar, a mesma se encontrava fechada e mesmo se grudando nela e batendo com as mãos na mesma, ela não se abria e se quer ativava a voz eletrônica. Seu desespero era tanto que mal sentia dor nas mãos que já estavam esfoladas de tanto bate-las contra a porta de aço. Ela sentia aquele ser a observando e sua espinha gelava a cada momento como se soubesse que ele chegava cada vez mais perto, sem pressa para pega-la, afinal, para onde iria?

    -Me deixe em paz! Por favor!! –Gritou em prantos praticamente desistindo de tentar sair dali, virando-se de costas para a porta e escorregando até o chão, sentando-se encolhida e com a cabeça abaixada.

    O homem apenas se abaixou na frente dela e ficou a olhando pacientemente, embora seus olhos demonstrassem a fome que ele sentia. Mesmo que ele tivesse se soltado das cordas de aço, os laços de prata pareciam ter apertado e ele não conseguia mover os braços, somente se locomover, e não conseguia falar por causa da mordaça em sua boca. Ela levantou a cabeça e o olhou assustada e curiosa, mas agora de perto, via que ele parecia ser um velho, seus cabelos eram longos e brancos, sua pele toda enverrugada e seus olhos com olheiras e fundos. Ele fazia alguns murmúrios como se quisesse falar algo sem conseguir.

    Suas mãos foram de encontro com aquela mordaça que impedia ele de falar, e sem saber exatamente como a retirava, tateou ela se esticando, mas sem chegar com o seu corpo próximo do dele. Os olhos dele olhavam para as mãos dela, sua íris aumentava e diminuía como as de um gato, e seu interesse ali era enorme, como olhar faminto. Quando finalmente achou o dispositivo que soltava, apertou e rapidamente afastou seu braço, o olhando agora sem aquela máscara. Embora com sua pele envelhecida, ainda sim o achava bonito. Seria esse o encanto místico de todo vampiro? A máscara caiu no chão e suas partes de prata ressoaram pela sala.

    -Finalmente... –Falou ele pela primeira vez movendo a mandíbula como se estivesse cansado de ficar na mesma posição.

    Sua voz era firme, demonstrava superioridade e muito diferente de sua situação frágil, não mostrava fraqueza. Era grossa, porém de forma hipnótica e viciante, como um dom natural de lábia ou boca de veludo.

    -Você poderia me ajudar não? Essas amarras de prata estão machucando. –Disse de forma mansa, pedindo de forma emotiva chegando um pouco próximo seu rosto do dela, a fazendo recuar espontaneamente.
    -Não sei se devo... –Murmurou em resposta ainda assustada com ele tão próximo, grudando-se mais contra a porta atrás de si. –Sem ofensas...
    -Minha querida... –Deu um suspiro. –Você precisa me libertar. Sabe por que?
    -N-não... –Murmurou quase fechando os olhos.
    -Como achas que sairás daqui? Esperará alguém vir lhe socorrer?
    -Sim.
    -E realmente achas que se te descobrirem aqui sairás com vida? –Fez sua última pergunta olhando bem para o rosto dela e a viu se contrair em desespero. –Me liberte e te ajudarei.

    A garota afirmou com a cabeça e o homem se virou de costas para ela, deixando-a ver a junção de todas as amarras de prata num único ponto no centro da coluna. Era como se todos saíssem daquele ponto e se dividissem pelo corpo, prendendo-o por completo. Seus dedos foram diretos para aquele ponto, embora este não tivesse nenhum tipo de botão, algo lhe dizia que era ali e assim que tocou, sentiu como se uma agulha picasse seu dedo indicador e assim que uma gota de sangue melou a região, todas as amarras de prata se soltaram do corpo dele e entraram para dentro de uma bala que saiu de suas costas e caiu no chão bum baque surdo. O corpo do homem também baqueou, para a frente e para trás, até que caiu de cara no chão, completamente inerte assustando a garota.

    -Oi...? –Perguntou assustada, se aproximando do corpo lentamente enquanto seus olhos observavam cada centímetro do corpo dele, tentando encontrar algum movimento. Ele não podia ter morrido, podia? Seu rosto estava de lado e seus olhos abertos estáticos, fitando algum lugar.

    Aproximou sua mão do nariz dele para saber se estava respirando e não sentiu nada, depois colocou próxima da boca dele, e também nada. Quando foi retirar sua mão de perto, ele a segurou com força rapidamente a fazendo soltar um grito e tentar se afastar desesperada.

    -Engraçado como vocês são desprovidos de instinto... seguem mais seu racional e por isso tentam ajudar um vampiro. Não é de muita sabedoria. –Dizia ele enquanto voltava a se levantar segurando firmemente o pulso de Nanao e o puxando forte, fazendo-a se aproximar dele deslizando pelo chão.
    -Não! Por favor! Eu te ajudei!! Me deixe ir! –Pedia aos prantos e gritando tentando mudar a ideia dele.
    -Pense assim: Eu estou te ajudando. –Sorria mostrando seus longos e finos caninos pontiagudos. –Não vai doer.

    Ao dizer isso, ela via em câmera lenta os caninos dele se aproximando de sua pele, encostando e facilmente perfurando e a sensação que lhe deu foi como de uma leve picada, mas sentia seu sangue sendo drenado e uma estranha fraqueza tomar conta de seus membros. Seu braço não puxava mais o pulso, mal se sustentava e sua visão começou a turvar. Antes que apagasse percebeu ele se afastando de seu pulso, a soltando e sua mão indo de encontro com o chão, sem qualquer força. Ele agora rejuvenescia lentamente, seus cabelos ficavam mais sedosos, sua pele se curava das feridas causadas pela prata e ficavam mais joviais e sua massa muscular era recriada; tirando a visão de seus ossos.

    Ele olhava para ela praticamente deitada no chão, sem conseguir se mover, e lambeu os lábios; satisfeito. Se abaixou pegando-a por baixo dos braços, nas axilas, e a levantou com facilidade, retirando-a da frente da porta e a deixou sentada em uma das cadeiras apoiada na mesa. Ela observava tudo sem conseguir fazer nada e de forma assustada quanto ao que acontecia. Ele colocou as duas mãos sobre a porta e começou a tentar abri-la, fazendo-a ranger e abrir aos poucos. Sua força era tanta que sua musculatura tremia. Quando finalmente a porta foi aberta e escancarada, um alarme começou a tocar alertando todo o prédio de sua fuga. Pegou rapidamente a garota e pôs sobre o ombro como um saco de batatas e começou a correr pelos corredores daquele labirinto. Virava para um lado, para o outro, seguia reto, e nada de encontrar o caminho certo. Os guardas começavam a chegar com suas armas em mãos, preparados para qualquer confronto. Suas roupas eram apropriadas para aguentar uma luta contra um vampiro, suportando sua força e a prova de balas. Eles se agrupavam em uma estratégia com combate muito bom, os que ficavam na frente abaixados cuidavam de uma barreira de energia, e os de trás eram responsáveis por fazer o inimigo morrer antes de chegar neles.

    Seus olhos vermelhos passavam por cada inimigo à sua frente, e sentia o cheiro do medo de cada um deles, algo que lhe atiçava mais a fome. Eles não atiravam, mas também não o deixavam passar, o que o preocupava em como encontraria a saída.

    -Solte a garota vampiro! –Gritou um dos guardas, este era mais encorpado, mais velho e tinha um distintivo dourado.
    -E eu tenho cara de burro? Ela é meu ticket de saída desse inferno! –Respondeu o vampiro sorrindo.
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